SE...AUTODESTRUIÇÃO
Abandonei-me no vento
Desprendi meu pensamento
Na luz de estrelado manto
Vesti-me d'asas estranhas
Sulquei rios, alei montanhas
Pousei num ramo d'espanto
Vi homens e mulheres, nus
Viviam de frutos crus
Folgavam com animais
Não tinham livros, sabiam
Nem comprimidos, morriam
De velhices naturais
Seus gestos eram poemas
As vozes versavam temas
Onde só o amor cabia
Cultivavam a beleza
Amavam mãe Natureza
A maldade, ali morria
Chega a civilização
De lucro, de cruz, na mão
E a espada pronta a sangrar
Há guerra nos continentes
Os homens caem doentes
E a paz da vida, é lutar
Dos sem escrúp'los, prejuízos
Napalm em órfãos sorrisos
Droga, volúpia, em pernas frias
Das aves rareiam cantos
Do pescador sobram prantos
De puxar redes vazias
Os rios são espelhos baços
E a'tmosfera, cansaços
Em coração que agoniza
Resta ao homem a humildade
P'ra restaurar a humanidade
Que no precipício desliza!
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