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A mostrar mensagens de abril 25, 2010

DA ESQUINA BRUTA

Poetas, poetas, do meu país vilipendiado Com imagens, metáforas Arredondais esquinas de pensamento revoltado Adoçais meu coração Por tanto, minha gratidão! Mas suspeito que a revolta se estende a vós Porque lutaram nossos avós? E soldados, recusando sepulcros africanos Ressarcindo outros e nós, de penosos danos?! Depois de uma Vila Morena Redigiram liberdade com viva pena E foi um festim de utopias Sarámos dores por futuras alegrias Escancarámos repetida ingenuidade Confundimos o campo, o mar e a cidade Disseram-nos: acabou-se a localidade! Mas, oh! nas capitais os cadeirões São sempre dos mesmos figurões! Que nos sugam Nos espremem até ao tutano Em sorrisos brancos Depois dum whisky e dum habano Poetas, poetas, do meu país Não, a mais poemas com esquinas arredondadas! Da esquina bruta Golfadas de nosso sangue, de nossa luta!