COMO EU GOSTO DE ESTENDER OS OLHOS PELO MAR
Fronteiro ao mar
Sentado em banco de incerteza
Na busca pela beleza
Desenho o meu dia
E dou cor à minha fantasia
Vastidão oceânica
Ondas se fendem
Espumosas montanhas
Que depressa se erguem
Mais rápido se desmoronam
Placidamente os tons de azul doirado
Na tarde que se desvanece
Ecoam crocitos de gaivota
Cornetins incitando
Regressos ao quartel
Da inclinada maré
Breves cascatas
De sal e lusco-fusco
Salpicando meus joelhos
Até à foz
Dos meus desnudos pés
À despedida
Sobre a linha do horizonte
O dia acomoda travesseiro
No qual o sol
Irá repousar aurífica cabeça
Real ou abstrata
O que a minha alma retrata?
MCFernandes
Comentários
Enviar um comentário