VIVINHA ESTÁ MINHA AVÓ


Foto Net
Poema de Manuel Correia Fernandes


Tomado o pequeno almoço 

despede-se da aurora de passeio ao infinito


Mira-se ao espelho

olhos de águia 

brilham das cavernas da idade


Com dedos de seda

alinha pontas de cabelo

Nas maçãs do rosto toque de blush

com saltito ao passado

à idade do pó-de-arroz


Toque de batom

faz emergir desenho de boca

desmaiada por beijos já vencidos


Mira-se de perfil

à direita, muito bem;

à esquerda, melhor ainda

Sorri

acha-se a mulher mais catita do mundo

sem hesitações proclama:

VELHOS SÃO OS TRAPOS

 

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