SEM DESTINO O MEU DESTINO
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Despidos os mastros do meu destino
Sem pano, sem gajeiro, no cesto da gávea
Aqui, ali, apenas o grasnar de gaivina ou argêntea
Tão pouco para um mar tão imenso
De sonhos antigos e outros por sonhar
Sedimentados os antigos nas encostas do tempo
Os outros, nas hipotéticas falésias da omissão
Sem destino o meu destino teima em coexistir
Em salina de sargaços e ondas de apelação
Quando repousar, talvez o sol se perfile no horizonte
Preitando com emoção um destino sem fim destinado
MCFernandes
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