A ONDE?


A onde param as minhas lágrimas
E o coração ao pé da boca
Por coisa grande, por coisa pouca?
Emoções incontidas
Frontais, nunca escondidas!


A onde estás ingénuo fervor
De quem quer abarcar o mundo
No que ele tinha de melhor
Até ao âmago profundo?


A onde estais olhos boémios
Em noites frias, em noites ternas
Onde os pubs eram lanternas
Que iluminavam um amigo
Em problema recente ou antigo?


A onde estais lábios sem fronteiras
De coloridas bandeiras
Que indiferente à cor da pele
Me sabiam a cajú, sândalo e mel?


A onde estás flor vermelha
Que eu exibia na lapela
Alvorada num a janela
Que andarilho trovador
Plantara com raiva e amor?


A onde estás tu, outrora força
Que vencia os meus cansaços?
A onde estais, oh doces braços
Onde eu ancorava em noite perdida
E faziam valer a minha vida,
A onde?











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